Trend Radar: Em busca da Cura Corporativa
Conheça o Corporate Healing — um território de futuro dedicado a identificar, diagnosticar e curar as "doenças" que afetam o ambiente corporativo
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O que é o Corporate Healing?
No cenário contemporâneo, vemos corporações cada vez mais conscientes dos seus desafios internos, uma árdua busca pelo equilíbrio entre a produtividade e o bem-estar de seus colaboradores. O problema é que, ao mesmo tempo que a tecnologia exponencia a nossa capacidade de trabalho ela também cria mais e mais doenças corporativas.
Esse entendimento levou ao surgimento de uma nova abordagem estratégica conhecida como Corporate Healing — um campo dedicado a identificar, diagnosticar e curar as "doenças" que afetam o ambiente corporativo. De questões relacionadas ao estresse crônico, ao burnout e à falta de propósito, até a cura por meio de práticas que promovem bem-estar mental, emocional e físico, as empresas estão se movendo em direção a um território de futuro que coloca a saúde organizacional no centro.
O conceito de Corporate Healing reconhece que a vitalidade de uma corporação depende da capacidade de promover espaços de trabalho sustentáveis, saudáveis e, sobretudo, humanos. Esse movimento não trata apenas de benefícios ou políticas de trabalho flexíveis, mas sim de criar ecossistemas corporativos regenerativos, onde o crescimento e a cura caminham lado a lado.
Neste cenário desafiador e considerando o mundo em constante mudança, em um país tão grande e tão diverso como o Brasil, um indicador tem aparecido como essencial para mensurar a saúde corporativa. O Engajamento. Funcionários engajados são o coração de qualquer organização saudável. O comprometimento com a atividade de “engajar” não só impulsiona a produtividade, mas também é um catalisador essencial no processo de Corporate Healing, ajudando a criar ambientes de trabalho mais equilibrados, humanos e sustentáveis.
Trabalhar o engajamento nas organizações é um desafio complexo, pois envolve elementos subjetivos que são difíceis de mensurar, como a confiança na sua liderança e até mesmo a verdadeira conexão do funcinário com o propósito da empresa. Como medir algo tão intangível e, ao mesmo tempo, tão crucial para a saúde de todos.
A conexão entre propósito e engajamento dos colaboradores tem se tornado um dos pilares estratégicos para garatir a saúde corporativa. O estudo Better Work 2024 por exemplo, destaca como empresas brasileiras estão repensando suas práticas para promover o bem-estar dos colaboradores e construir uma cultura de trabalho mais humana e sustentável. Esse movimento se alinha com previsões sobre o futuro do trabalho, que apontam a transformação digital, mudanças demográficas e novas expectativas geracionais como fatores centrais na redefinição das relações de trabalho.
O Círculo Virtuoso do Engajamento
Engajamento é fundamental para o sucesso de longo prazo das organizações. Quando as empresas investem no engajamento, os funcionários se tornam mais produtivos, inovadores e comprometidos com o sucesso da organização. No entanto, o desafio está em como engajar colaboradores em um contexto de constantes mudanças tecnológicas e sociais. As novas gerações, especialmente a Geração Z, têm demonstrado expectativas diferentes em relação ao trabalho, priorizando bem-estar, flexibilidade e o alinhamento entre propósito pessoal e corporativo.
Essa mudança de mentalidade exige que as empresas repensem suas estratégias. O estudo que produzido pela empresa Betterfly, revela que a dimensão de "legado" é a mais valorizada entre os trabalhadores brasileiros, com 59% dos entrevistados destacando a importância de deixar uma marca na empresa. Este dado sugere que os colaboradores buscam mais do que apenas estabilidade financeira; eles querem se sentir parte de algo maior.
Benefícios: O Motor do Engajamento
Um dos achados mais reveladores do estudo é o papel central que os benefícios têm na promoção do engajamento. No Brasil, 86% dos colaboradores afirmam ter acesso a benefícios, o que é 10 pontos acima da média latino-americana. Os benefícios mais valorizados incluem seguros de saúde e vida, além de flexibilidade no ambiente de trabalho. No entanto, o estudo mostra que nem todos os grupos têm o mesmo acesso a esses benefícios. Colaboradores em cargos de menor hierarquia ou de empresas menores tendem a ter menos acesso, o que reflete uma desigualdade no engajamento corporativo.
Aqui, é importante cruzar esses dados com as tendências globais sobre o futuro do trabalho, que indicam que o modelo híbrido e remoto será predominante em muitas indústrias. Essa transformação digital exige que as empresas se adaptem oferecendo pacotes de benefícios que atendam às necessidades diversas de colaboradores em diferentes formatos de trabalho. O relatório do World Economic Forum (WEF) reforça a importância de personalizar pacotes de benefícios, especialmente para atender às demandas de um mercado de trabalho global e dinâmico.
O Propósito no Coração do Engajamento
Além dos benefícios tangíveis, o propósito organizacional emerge como um dos principais motores de engajamento. Segundo o estudo colaboradores cujas expectativas de propósito estão alinhadas com as metas da empresa tendem a apresentar níveis mais altos de engajamento e satisfação. No contexto de trabalho do futuro, em que as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal se tornam mais tênues, o propósito corporativo deve ser autêntico e refletir um compromisso genuíno com causas sociais e ambientais. A expectativa de gerações mais jovens de que suas empresas façam parte da solução para problemas globais, como sustentabilidade e igualdade de gênero, torna esse fator ainda mais relevante.
O World Economic Forum destaca que, até 2030, as empresas que não estiverem comprometidas com uma agenda de sustentabilidade estarão em desvantagem competitiva. Portanto, integrar o propósito corporativo ao centro da estratégia organizacional não só aumenta o engajamento, mas também garante relevância e sobrevivência no futuro mercado de trabalho.
A Personalização dos Benefícios e a Flexibilidade no Trabalho
A personalização é outra tendência-chave para o futuro do trabalho. Os colaboradores que percebem seus benefícios como adaptados às suas necessidades individuais são mais propensos a permanecer na empresa. Isso destaca a importância de entender as expectativas dos colaboradores em diferentes estágios de suas carreiras. Colaboradores mais jovens, por exemplo, podem valorizar benefícios relacionados ao desenvolvimento profissional e ao bem-estar emocional, enquanto colaboradores mais experientes podem buscar estabilidade financeira e proteção.
Em uma perspectiva futura, à medida que a automação e a inteligência artificial assumem tarefas mais repetitivas, o foco no desenvolvimento de habilidades humanas, como a empatia e a criatividade, será essencial. O relatório do WEF prevê que habilidades como liderança, inovação e pensamento crítico serão cada vez mais valorizadas. Empresas que oferecem oportunidades de crescimento contínuo para seus colaboradores estarão melhor posicionadas para prosperar nesse novo cenário.
Estratégias para o Futuro: Criando Espaços de Trabalho Sustentáveis e Humanizados
O estresse e o burnout são outros grandes desafios do ambiente de trabalho atual e futuro e o grande foco de quem cuida dessa agenda Corporate Healing na organização. O estudo revela que 34% dos colaboradores brasileiros relataram altos níveis de estresse. A criação de espaços de trabalho que priorizem o bem-estar físico e mental dos colaboradores será crucial. Iniciativas como a oferta de benefícios relacionados ao bem-estar mental, incluindo suporte psicológico, mindfulness e outras práticas, podem ajudar a mitigar esses desafios.
No entanto, além de iniciativas internas, as empresas precisarão se conectar com um ecossistema mais amplo de parceiros e comunidades para garantir a saúde integral dos seus colaboradores. Essa tendência está alinhada com o conceito de "empresas regenerativas", promovido pelo WEF, que defendem que as corporações devem ser motores de regeneração social e ambiental.
O Futuro do Trabalho é Flexível, Humano e orientado à Propósito
O futuro do trabalho está se moldando em torno de princípios de flexibilidade, propósito e personalização. Empresas que souberem se adaptar a essas tendências estarão melhor posicionadas para atrair e reter talentos em um mercado cada vez mais competitivo.
Como líderes protagonistas da mudança, o desafio não é apenas garantir a satisfação imediata dos colaboradores, mas também construir um futuro de trabalho que seja verdadeiramente humano e conectado aos valores de uma sociedade em constante evolução.
Boa semana,
Embrace the future you want!
SOBRE A COMUNIDADE
A Comunidade existe pelo propósito de conectar pessoas com o espirito do tempo, levando aprendizado de novas tecnologias, inovação e futuro para o seu dia a dia.
Foi criada por Monica Magalhaes que é especialista em inovação, tecnologias emergentes e futurismo.
Propósitos corporativos certamente têm o poder de mobilizar e engajar colaboradores. O desafio para as empresas está em construir, genuinamente, esse propósito. Porque defini-lo com objetivo de promover engajamento será mais um artifício malandro de empresas que apenas tentam parecer uma coisa sem sê-la.