Uma imersão na Expo Osaka 2025
Nesta edição, escrevo sobre a minha imersão na Expo Osaka, e como ela projeta futuros possíveis a partir dessa perspectiva japonesa de coexistência pacífica.
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Hello turma! Monica Magalhaes por aqui 👋🏼
A newsletter de hoje vem diretamente de Tokyo. Ao chegar ao Japão, uma das sensações mais fortes que me atravessaram é a atmosfera de paz. Não apenas no cuidado com os gestos e gentilezas cotidianas, mas em algo mais profundo, quase físico. Na mesma semana que mais um conflito entre estados se inicia.
Desde 1947, o Japão vive sob uma Carta Magna que traz, em seu Artigo 9, um compromisso radical com a paz. Após a tragédia da 2WW o país escolheu renunciar à guerra como direito soberano e declarou não manter forças armadas com potencial ofensivo. É uma das únicas constituições do mundo a declarar formalmente o pacifismo como princípio de Estado.
Enquanto caminho por Tokyo reflito sobre essa escolha histórica e sobre como ela molda comportamentos e visões de futuro.
Nesta edição, escrevo sobre a minha imersão na Expo Osaka, e como ela projeta futuros possíveis a partir dessa perspectiva japonesa de coexistência pacífica. Lembrando que essa semana temos encontro marcado na Session sobre Expo Osaka, Se inscreva aqui.
Uma imersão na Expo Osaka 2025
No livro The Image of the Future, Fred Polak afirma que as sociedades não se movem pelo que são, mas pelas imagens de futuro que constroem e desejam. Segundo Polak, quando uma cultura projeta uma imagem forte de futuro, ela gera a energia histórica necessária para caminhar em direção a essa visão. O futuro não acontece por inércia, ele é convocado por imagens mentais e culturais que orientam o agir coletivo.
Foi exatamente isso que senti na Expo Osaka 2025. Os pavilhões não são apenas vitrines de tecnologia, eles são narrativas vivas que constroem imagens do futuro. O que uma Expo faz é dar corpo às imagens do futuro, tornando-as não só visíveis, mas experimentáveis.
A convergência das histórias contadas, como os ciclos, a regeneração do planeta, a importância do coletivo, tecnologia como meio de bem-estar, oferece uma imagem de mundo que rompe com nossa visão linear do progresso.
Quando mais de 150 países constroem juntos essa visão e a oferecem como experiência, o que se produz é um imaginário compartilhado. E, como nos lembra Polak, é a partir dessas imagens que as sociedades começam a se mover, que políticas se transformam, que investimentos mudam de direção, que culturas começam a reorganizar suas prioridades.
Por isso, a Expo Osaka 2025 não deve ser vista apenas como uma exposição. É um espaço de geração de imagens do futuro. E em um tempo de crise climática, esgotamento emocional e fragmentação social, talvez imagens como essas, regenerativas, humanas e coletivas, sejam o que mais precisamos para inspirar nossa jornada nesse momento.