O poder criativo na inovação
Ken Robinson escreveu em 2011 o livro "Libertando o poder criativo", um livro incrível que ultimamente não está mais disponível para venda…
Ken Robinson escreveu em 2011 o livro "Libertando o poder criativo", um livro incrível que ultimamente não está mais disponível para venda (usado talvez encontrem).
Uma obra que considero "life change" merece um artigo que resuma os pontos principais do livro numa síntese certamente não merecedora da sua grandiosidade.
Mas a intensão é compartilhar os principais conceitos dessa grande obra.
Se você acha que não é criativo é porque não entendeu o que é criatividade.
Para quebrar esse paradigma é preciso primeiro entender o significado da palavra criatividade e como ela se expressa na prática.
Imaginação, Criatividade e Inovação
A imaginação é a fonte da nossa criatividade, mas ambas são atributos diferentes. A primeira é a capacidade de trazer à mente elementos que não estão presentes em nossos sentidos (imaginando coisas que existem ou não).
Imaginação é um dom do ser humano. Com ela podemos antecipar possíveis futuros. Não é prever o que vai acontecer, mas, a partir de ideias produzidas em nossa imaginação, podemos ajudar a criá-lo. A imaginação nos liberta de nossas circunstancias imediatas e oferece a possibilidade de transformar o presente.
A criatividade é o passo seguinte a imaginação. Imaginar não tem compromisso e não afeta ninguém. Já a criatividade é diferente, pois, ser criativo envolve fazer alguma coisa. É possível ser criativo em várias áreas, seja na matemática, na engenharia, na literatura, na música, nos negócios ou em qualquer outra atividade. A criatividade envolve colocar a imaginação pra trabalhar. Pra ser bem clara, a criatividade é colocar em prática a imaginação.
Já a inovação é colocarmos em prática a criatividade. Criar algo novo ou aperfeiçoado.
Com essas definições ficam claro que as três palavras juntas e formam o conceito completo.
Com o conceito de criatividade formado, mais dois pontos são apresentados e evoluídos ao longo do livro.
A cultura da educação nas escolas
Existe um grande problema com a cultura da educação nas escolas. Assim como os modelos industriais as escolas seguem rígidos princípios de padronização e conformidade. E da pré-escola a universidade seguem uma linha linear de progressão de ensino que levará cada indivíduo ao melhor Curriculum desejado pelo mercado de trabalho. Indo mais além a formação pode ser totalmente direcionada se movida aos interesses econômicos. Direcionar o aprendizado a carreiras que paguem os melhores salários.
A influência da economia é tão grande nas escolas que a organização das matérias e aprendizados são calibrados para o modelo industrial.
Dá-se peso aos aprendizados de ciências exatas e biológicas que são vistas associadas a verdades e objetividade, a fatos e realidade. Skills encontrados em médicos e engenheiros. Já conteúdos artísticos são vistos e colocados nas escolas como aulas extra-curriculares e atividades complementares. Muitas vezes uma combinação de interesses da instituição e dos próprios pais, que veem a arte como um "extra", algo opcional relacionado ao prazer, relaxamento e autoexpressão.
Esse é o maior desafio para libertar o poder criativo nosso e de nossas crianças. A maior instituição potencial de ensino a cultura da criatividade é justamente a que está hoje formando serem não criativos. Foram misturadas ideologias cotidianas do senso comum a cultura do aprendizado. E em função deste senso comum a capacidade criativa de gerações de pessoas foi sacrificada sem necessidade.
Como comandar uma cultura de inovação nas empresas?
Como já aprendemos que as três coisas estão conectadas, para criar a cultura de inovação nas empresas é necessário primeiro estimular a imaginação que é o nascimento das ideias, promover a criatividade que é colocar em prática as ideias imaginadas e por fim patrocinar a inovação que é colocar em prática a criatividade.
A principal atribuição do líder criativo é promover as habilidades criativas de todos os membros da organização. Nas empresas existem todos os tipos de talentos e habilidades a espera de serem descobertos.
A inovação é filha da imaginação
Uma empresa criativa é um lugar que abre espaço para que as pessoas corram riscos, que permite que as pessoas descubram e desenvolvam sua inteligência natural, onde não existam perguntas estúpidas e respostas certas, onde se valorizam irreverência, a animação e o dinamismo. Equipes criativas são diversificadas.
O desafio aqui é para empresas maduras. Na juventude uma empresa gasta muita energia em busca do sucesso. Ja na maturidade ela tende a se acomodar em estruturas e rotinas institucionais fixas, tornando-se mais conservadora.
Hoje mais do que nunca, as comunidades dependem de uma diversidade de talentos e não de uma concepção singular de capacidade.