Newsletter Weekly Trends - Edição Domingo 04 de Maio
Storytelling, a habilidade necessária!
WEEKLY TRENDS é a newsletter da Comunidade Disruptivos fundada por Monica Magalhaes que compartilha insigths e tendências em tecnologias emergentes.
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Hello turma! Monica Magalhaes por aqui 👋🏼
A ciência mostra que o caminho mais curto entre uma ideia e o coração de alguém é: uma boa história.
E o oposto também vale, poucas coisas afastam mais alguém de uma ideia do que a ausência de emoção. Um mundo só de lógica, cheio de dados e frases prontas, não engaja, não toca, não cria memórias…
É o storytelling com emoção que faz com que as pessoas realmente compreendam a mensagem que você está tentando passar.
Nem preciso entrar muito nos detalhes do problema que quero abordar hoje, porque você já sacou: a massificação do uso das IAs generativas!
Storytelling, a habilidade necessária!
Na ânsia de usar ferramentas como o ChatGPT e outros modelos treinados com toneladas de conteúdo de marketing tradicional, todo mundo vai parar no mesmo lugar: um vocabulário padronizado, com frases recicladas e estruturas repetidas. E vamos combinar, ninguém mais aguenta ler os mesmos textos, com as mesmas palavras, no mesmo tom.
Ao mesmo tempo em que é ótimo que essas ferramentas tenham se popularizado, virou um inferno (e uma chatice). Porque agora tá todo mundo falando igual.
Tá com preguiça de ler newsletters e artigos? Cheios de termos batidos, vocabulário corporativo, palavras tão desgastadas que já não dizem mais nada?
Você sente isso porque faltam histórias reais num mundo inundado de conteúdo gerado por IA. Porque, claro, a IA tem muito conteúdo, mas ela não é algo vivo, então não tem histórias pra contar.
Mas voltando ao ponto chave da nossa conversa: faltam contadores de história. Claro que storytelling sempre foi importante, mas nunca foi tão relevante quanto agora.
Eu não sei qual produto ou serviço você vende, ou o que você faz, mas mais do que nunca você precisa se diferenciar contando suas histórias!
E não, a saída não é aprender palavras novas e parecer um Machado de Assis desconectado do espírito do tempo. Aliás, é comprovado em pesquisa: termos técnicos ou palavras pouco conhecidas geram rejeição. As pessoas se sentem excluídas e desinteressadas por conteúdos assim.
“Palavras difíceis sinalizam que a mensagem não é para você.” Hilary Schulman
A saída também não é treinar sua IA pedindo linguagem simples e definindo o público-alvo nos prompts. Porque, mais uma vez: todo mundo pode fazer isso também, certo?
É aí que mora o potencial do storytelling!
A arte de contar histórias utilizando narrativas, às vezes pessoais, pra transmitir mensagens ou conhecimentos. Ir além de relatar fatos, apresentar dados, e criar conexões emocionais que funcionam como chaves que abrem portas para a compreensão e a retenção de informações.
Na prática, storytelling envolve personagens e experiências humanas. É uma ferramenta poderosa pra engajar audiências, influenciar comportamentos.
Em um mundo saturado de conteúdo, histórias bem contadas têm a capacidade de tocar as pessoas em um nível profundo.
No mundo digital, há uma tendência forte à padronização das mensagens.
IA gera tudo muito rapidamente. E você tem pressa. Eu tenho pressa. Tá todo mundo com pouco tempo, então a gente vai direto ao ponto, só analisa os dados, faz a leitura, oferece um ponto de vista.
O que não é ruim. Mas é o que todo mundo está fazendo :( e isso não diferencia ninguém.
A habilidade de contar histórias autênticas se torna, agora, um diferencial competitivo real. E isso não vale só pra quem tem algo pra vender. No ambiente corporativo, storytelling é essencial pra liderar mudanças, engajar equipes e comunicar visões estratégicas de forma eficaz.
O desafio é saber como usar as novas tecnologias sem cair no raso.
Textos gerados por IA têm estruturas repetitivas, falta de profundidade, e não estimulam o pensamento crítico nem a criatividade de quem está lendo.
Isso limita a evolução das ideias.
E só pra deixar claro: não tô advogando contra o uso de IA pra geração de conteúdo. Mas use ciente de que ela não consegue compreender ou transmitir as nuances das emoções humanas e você pode ser visto como superficial.
Um storytelling eficaz exige empatia, intuição e uma compreensão profunda das experiências, aspectos que a IA simplesmente não tem.
Histórias impactantes surgem de vivências pessoais, contextos culturais, e insights únicos que são, por natureza, humanos.
Portanto, enquanto a IA pode ser uma ferramenta valiosa no processo criativo, o papel do contador de histórias humano continua sendo insubstituível.
“ChatGPT pode escrever um post decente, mas nunca terá uma história pessoal pra contar.” Joe Lazauskas
Pra gente tangibilizar o potencial do storytelling, pense em empresas de tecnologia como a NVIDIA, que vende placas de video, Chips de Sícilio, Programas de Computadores para Carros Autônomos, Jogos e plataformas de inteligência artificial. Narrando assim, que emoção você percebe? Nenhuma.
Não passa de um monte de coisa sem graça. Só que aplicando o Storytelling fica tudo muito mais interessante. Veja no exemplo abaixo do video de abertura de um dos principais eventos da empresa. “A NVIDIA salva vidas! Melhora o planeta!” Percebe?
E isso vale pras imagens também.
Hoje, vemos um monte de conteúdo visual seguindo tendências, sem expressar nenhuma história, só que arte sem intenção é só ruído. Arte pode até ser incompreendida, mas nunca deveria ser vazia.
A arte gerada aleatoriamente por IA, só porque “é possível”, é exatamente isso: vazia.
Aqui, fiz um prompt pedindo pra IA gerar uma imagem minha no estilo Studio Ghibli. Não entendo nada da estética ou da história do estúdio, esse é o comportamento que virou um meme coletivo no dia da atualização do Sora: milhares de criações feitas sem intenção, só pra entrar no flow.
Um consumo automatizado de estética, sem reflexão, sem propósito.
Pra finalizar, eu queria deixar essa provocação para o olhar intencional de colocarmos mais storytelling nos conteúdos que produzimos, porque é a forma mais poderosa de transformar informação em conexão.
Em um mundo saturado de dados, o que fica na memória não são os números, mas as histórias que nos fazem sentir algo. Storytelling cria pontes entre pessoas e dá vida ao que poderia ser apenas mais um argumento.
Num tempo em que as mensagens se repetem, quem conta uma história com verdade rompe o ruído. Enquanto tudo se torna automático, é na narrativa que ainda existe humanidade.
E quem dominar essa arte não só irá se comunicar melhor, mas vai estar num lugar onde poucos estão, fazendo coisas que de fato ficarão na memória das pessoas.
Uma boa semana pra você!
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SOBRE A COMUNIDADE
A Comunidade existe pelo propósito de conectar pessoas com o espirito do tempo, oxigenar a mente de empreendedores, autônomos e executivos levando aprendizado de novas tecnologias, inovação e futuro para o seu dia a dia. Foi criada por Monica Magalhaes que é especialista em inovação, tecnologias emergentes e futurismo.