5' no Futuro - Como pensar diferente da maioria

Aprender coisas novas é importante, mas isso não te leva para fora da caixa - afinal, a caixa não é sobre ter mais conhecimento, e sim sobre limitação de pensamento.

Monica Magalhaes

Oct 11, 2022

“If everyone has to think outside the box, maybe it is the box that needs fixing.” — Malcolm Gladwell

Quem não deseja ser a pessoa que inspira os amigos a pensar diferente?

A gente sempre admira quando alguém tem uma opinião diferente, que acrescenta e traz um olhar novo sobre algum tema, quando todos ao nosso redor parecem estar compartilhando da mesma ideia. Pessoas assim, fora da curva, que nos ajudam a “pensar fora da caixa”, termo que tanto falamos no mundo da inovação quando nos referimos a atitudes mais criativas.

E essa busca pelo diferente sempre encontra forte apelo: são muitas as promessas em cursos de inovação, com a possibilidade de criatividade suficiente para te transformar na sexy mind do século 21 - tudo pra te ajudar a sair da caixa, aprender sobre as tecnologias do momento e tornar você uma pessoa atualizada.

Todo conhecimento que obtemos tem seu valor e o investimento em aprendizado nunca é dinheiro perdido, mas precisamos deixar claro que esse não é o caminho que irá te levar para fora da caixa, simplesmente porque a caixa não se trata de acúmulo de conhecimento.

Percentual de quanto investimos em conhecimento por nível de educação

Precisamos primeiro definir o que é a caixa.

Ela é a limitação de pensamento, um lugar onde fomos treinados para estar, somos colocados ali quando nos treinaram a acreditar que só existe uma maneira de ver as coisas.

Na maioria das vezes essas limitações são trazidas na nossa vida por outras pessoas: tem caixas que entramos lá na infância, e continuamos nela por muitos anos - ou até mesmo a vida toda -, e outras que podemos estar sendo empurrados para dentro neste exato momento, e nem percebemos.

A questão é que limitações de pensamento prejudicam nosso desenvolvimento, e não conseguimos elevar nosso potencial para explorar territórios que outros alcançam.

Um fotógrafo, por exemplo, que não explora as paisagens acima de certa altura, trabalha apenas dentro dos limites que sua mente impõe, e isso traz grande prejuízo para seu trabalho.

Pode ser consciente ou não, mas o fato é que ele não sente interesse em buscar o desconhecido. Os mesmo se aplica as limitações mentais que temos para explorar o novo, e o primeiro passo para fugir disso é descobrir quais são as suas caixas.

Elas podem vir lá da infância, daquele incentivo que não veio, da falta de reconhecimento do esforço, do apoio à exploração e do excesso de zelo. Nada disso tem a ver com o quanto você investe na educação do seu filho, ou qual escola ele estuda, mas com o tipo de informação que essa criança está recebendo. Sabe aqueles rótulos que nos colocam, do que somos bons e do que não somos? Então.

As caixas da infância nem sempre conseguimos mudar, mas identificá-las já é um grande começo.

O problema é quando a caixa ainda faz parte do seu dia a dia. Relacionamentos tóxicos, gestor que não valoriza seu trabalho, líder que não reconhece o esforço, rótulos que reforçam opiniões sobre a sua personalidade… Tudo isso vai aumentando cada dia mais a sua caixa das limitações de pensamento, e muitas vezes sem que uma palavra de agressão seja mencionada.

Muitas vezes uma situação controversa pode aparecer quando um líder com perfil de empacotador de gente vem dar feedback, dizendo que o time precisa pensar fora do pacote, ou da caixa. E ainda recomenda que as pessoas façam cursos para serem mais criativas.

Talvez por ignorância ele não consiga reconhecer o poder que tem em mãos, e não percebe que quem tem a chave para destravar a tal da caixa de cada um é ele mesmo.

A notícia boa é que o caminho para mudar tudo isso é curto, porque depois de identificar suas caixas, resta apenas uma decisão. Quer pensar fora da caixa? Talvez você só precise de outro líder.

Até a próxima semana.

Let the fear drive you ;)

DICA DE CONTEÚDO BOM :)

Filme: Uma Garota de Muita Sorte

Um drama com muitas lições. Ani FaNelli passou por um trauma muito grande e os reflexões começam a deteriorar sua vida, que tenta administrar um mix de sentimentos de vingança, amor, sucesso e fracasso até que percebe que é impossível seguir adiante sem enfrentar as consequências de escolhas do passado. Quem nunca? Clique na imagem para acessar o link ;)

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Sobre a autora desta newsletter

Monica Magalhaes é especialista em inovação disruptiva, future thinker, empreendedora, palestrante e educadora de inovação.

Para conhecer mais acesse www.shelovesfuture.com e conecte-se comigo nas minhas redes sociais ;)