Cenários de IA nos próximos 5 anos
Tudo isso que estamos vivendo hoje ainda é pré-história perto da próxima fase.
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Hello turma! Monica Magalhaes por aqui 👋🏼
Já se passaram 3 anos intensos de Inteligência Artificial, mas o que importa mesmo é o que vai acontecer nos próximos 5. Vamos trazer um pouco dos meus estudos futurismo na newsletter de hoje.
O grande valor da IA não está no que já vimos, mas no que ainda está por vir. Os últimos três anos foram, de fato intensos, marcaram o início da era popular da IA generativa com ferramentas como o ChatGPT, DALL·E e Gemini, que nos impressionaram com sua capacidade de produzir texto, imagem e muito código!
Mas tudo isso ainda é pré-história perto da próxima fase.
Se hoje ligeiramente temos algumas percepções de que seu ChatGPT conhece muito de você, espere pra ver o potencial em escala de uma “AI Sensitiva”.
AGENTES SENSITIVOS
Esse termo evoca algo mais profundo do que uma IA que somente responde bem as perguntas. Estamos falando de sistemas que não só entendem linguagem, mas interpretam emoções, hábitos, contexto, intenção e até estado físico e mental. Elas observam, aprendem com o ambiente, antecipam suas necessidades e agem como verdadeiras extensões do seu pensamento.
Isso implica em Agentes autônomos que operam por você sem você pedir. Interações contextuais e contínuas, como se fossem pessoas.
Privacidade radicalmente repensada em como garantir controle sobre dados em um mundo onde a IA te "sente" e te prevê.
Fica claro pra mim que ainda estamos tocando a superfície. O que está se formando agora é uma IA com iniciativa própria, sensibilidade contextual e poder de decisão.
O impacto disso não será só técnico, será existencial, social e político.
O que vimos até agora foi a infância da IA. O que vem a seguir é a adolescência, mais potente, mais imprevisível e muito mais íntima.
Estar preparado para isso não é só sobre aprender a usar ferramentas, mas sobre repensar a própria ideia de autonomia, confiança e conexão.
Estamos há 3 anos melhorando nossa experiência de “prompts”. Até curso de como fazer um bom prompt já existe. Agora imagine sua IA fazendo prompts e enviando respostas em seu nome. Assustador ou conveniente? Isso depende do quanto os agentes conquistarem a sua confiança com os resultados obtidos.
Estamos numa transição do “humano que comanda” para “o Agente que age por conta própria”.
Durante esses últimos três anos dominamos a arte do prompt, aprender a perguntar bem, guiar a IA com clareza, extrair o máximo dela com contexto e intenção. Hoje "saber conversar com a IA" virou uma habilidade valorizada.
Estamos prestes a sair desse modelo de "chamada e resposta" e a caminho da próxima etapa que é a IA que pergunta por você, responde por você, toma a iniciativa sem você precisar estar no comando direto.
Essa confiança será construída no momento que AI se mostrar eficiente, transparente, alinhado com seus limites e valores, e mostrando que você ainda está no controle. É fazer por você, mas com você!
Um dos movimentos mais estratégicos e transformadores da próxima geração de IA será a migração da nuvem para o dispositivo, ou seja, a IA que roda localmente.
Hoje, nossa experiência com IA depende de servidores remotos, usamos interfaces como o ChatGPT, mas toda a inteligência por trás roda em datacenters da OpenAI, Google ou Anthropic. Isso impõe limitações de privacidade, latência (tempo de resposta) e até de personalização.
Agentes locais e pessoais, rodando diretamente no seu dispositivo (seja smartphone, smartwatch, smartring ou algo novo). Isso muda completamente a dinâmica.
O que conhecemos hoje são os Assistentes Virtuais como Alexa, ou seja, é 1 assistente igual pra todo mundo. (Inclusive faço uma pausa num texto denso pra lembrar deste video da Alexa personalizada ;)
Muito melhor do que ter uma Alexa é você construir e personalizar a sua, que inclusive, não precisa chamar “Alexa”.
AI rodando diretamente nos nossos dispositivos será a grande mudança na relação humana com os robôs.
Privacidade de verdade é quando seus dados não precisam sair do seu aparelho. A IA aprendendo com você, sobre você, para você, e sem repassar nada para a nuvem de terceiros.
É poder levar sua IA pra qualquer lugar sem ter que se preocupar se lá tem sinal. É ter AI e ao mesmo tempo estar offline.
É ter uma AI que te conhece profundamente, com memória contextual e comportamental que vai te ajudando a navegar questões sociais.
Essas perguntas tocam diretamente nas tensões filosóficas, éticas e emocionais da era dos agentes autônomos. Elas são o tipo de questionamento que não se resolve com manual técnico — mas que precisa urgentemente entrar na esfera pública de debate.
Toda transição é cheia de tensões
Será que estaremos preparados para delegar tanto? Delegar exige duas coisas: confiança e compreensão. Hoje, já delegamos muito à tecnologia, o Waze, o Tinder, as nossas agendas, etc. Mas ainda é delegação consciente e controlada.
Vai chegar o momento que iremos delegar com intenção e isso exige que confiemos não apenas na eficiência da IA, mas em sua ética incorporada.
Estaremos preparados? Talvez tecnicamente sim, mas emocional e socialmente, ainda estamos aprendendo a fazer as perguntas certas. Confiar na sua AI será como confiar no seu “outro eu” que toma decisões também.
Como fica nosso livre arbítrio? Bom, nem sempre ter a posse dele nos ajuda.
Se um agente sabe que você é mais racional pela manhã e toma decisões impulsivas à noite, ele pode adaptar sugestões com base nisso.
Ele pode saber quando você trabalhou num plantão de 12h e está física e emocionalmente cansado para qualquer decisão importante.
Talvez livre-arbítrio em tempos de IA não seja sobre “poder escolher”, mas sobre exercer o poder de delegar intencionalmente a suas escolhas e vontades.
Será que estamos prontos pra ter um agente que irá consultar um outro agente jurídico sobre cláusulas específicas que simularão cenários favoráveis por você? Eu acho ótimo não ter que revisar contratos longos, chatos e receber apenas a mensagem pronta acompanhada de um resumo indicando a análise feita pelo agente, quais eram as consequências e porque ele tomou tal decisão.
A era da IA não vai apenas mudar o que fazemos. Vai mudar a nossa relação com quem somos.
E essa transformação, silenciosa, contínua, profundamente íntima, precisa ser debatida não só entre programadores, mas entre filósofos, artistas, educadores e cidadãos comuns.
Enquanto os agentes trabalham em silêncio, recuperamos tempo para conexão e criação.
Revisar contratos, organizar fotos, postar os trabalhos que fez nas redes sociais, limpar o backlog da caixa de email… tudo isso não são tarefas urgentes, mas são incômodos recorrentes, que acumulam peso no nosso cotidiano mental.
Todos nós temos listas de tarefas infinitas pra fazer, algumas delas precisam de 20h pra serem feitas com qualidade e cuidado e acaba que dedicamos na melhor das hipóteses 20% a 30% do tempo necessário, nunca teremos o tempo necessário para fazer aquele checked de forma dedicada.
Não é futurismo tecnológico imaginar uma IA que executa esses tipos de tarefas. Loucura é achar que isso não vai acontecer!
Quem estuda friamente o ritmo do avanço tecnológico sabe que esse é um progresso iminente. Precisamos parar de subestimar o impacto da tecnológica na nossa vida cotidiana.
Uma boa semana pra você!
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SOBRE A COMUNIDADE
A Comunidade existe pelo propósito de conectar pessoas com o espirito do tempo, oxigenar a mente de empreendedores, autônomos e executivos levando aprendizado de novas tecnologias, inovação e futuro para o seu dia a dia. Foi criada por Monica Magalhaes que é especialista em inovação, tecnologias emergentes e futurismo.
Me trouxe clareza sobre o que futuro nos aguarda, sempre fico tentando imaginar
Texto sensacional! 👏🏻👏🏻👏🏻