A Sheintificação do mundo
Basta a gente conhecer 1 informação nova pra construir uma visão completamente diferente sobre determinados temas.
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22/05 às 20H - DISRUPTIVE SESSION
*** Adolescentes, telas e bem-estar: O desafio para o futuro ***
LIVE COM ALESSANDRA BORELLI E MONICA MAGALHAES
05/06 às 20H - DISRUPTIVE SESSION
*** Amor e Relacionamentos na modernidade ***
LIVE COM MICHEL ALCOFORADO E MONICA MAGALHAES
17/06 às 14H - INNOVATION TOUR
IN PERSON: VISITA PRESENCIAL DA COMUNIDADE CAPGEMINI BUSINESS HUB, Happy Hour After.
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POLIÉSTER E FAST FASHION: UMA RELAÇÃO PERIGOSA
Interessante como às vezes basta a gente conhecer 1 informação nova pra construir uma visão completamente diferente sobre determinados temas.
Que o Fast Fashion é ruim pro planeja muita gente já sabe, caracterizado pela produção rápida e em massa de roupas a preços baixos, é um modelo de negócio que causa impactos negativos significativos no planeta, tanto do ponto de vista ambiental quanto social.
A imagem acima é do deserto do Atacama. Calcula-se que 300 hectares estejam cobertos por lixo.
UM TECIDO QUE É PLÁSTICO
A indústria têxtil é uma das maiores poluidoras do planeta. Tem o processo produtivo que gera grandes quantidades de emissões de gases de efeito estufa, uma quantidade enorme de roupas que são descartadas muitas vezes em aterros sanitários onde demoram anos pra se decompor e aí chego na história que vim contar aqui, o vilão da moda, o Poliéster.
De forma simplificada, poliésteres são plásticos derivados do petróleo, utilizados na produção de roupas e também para fazer móveis, pneus, garrafas, telas de cristal líquido e fitas isolantes, entre outras coisas. Além de baratear muito a peça, sua popularidade se deve ao fato de não amassar, não desbotar e ser resistente à água.
No entanto, a produção em massa de roupas de baixo custo e curto ciclo de vida, somada ao bombardeio diário de novas coleções, virou um enorme problema ambiental.
Durante o processo de lavagem das peças, microplásticos são liberados e estima-se que 35% vão para o oceano. Eles intoxicam a natureza e já foram encontrados até mesmo na corrente sanguínea de humanos. Nem a reciclagem é uma solução definitiva, porque o plástico continua circulando.
Por isso essa informação é tão importante. Achei incrível que alguém construiu um infográfico apresentando visualmente o posicionamento da marca numa escala “quanto usa de poliéster” nas suas coleções. Deixando claro o quanto o Fast Fashion é nocivo para o mundo.
Ao cruzar o custo médio das peças de roupa com a quantidade de poliéster na sua confecção, este gráfico abaixo aponta para a "sheintificação" da indústria da moda.
O termo junta o nome da gigante chinesa de fast fashion com a ideia de degradação, representada pelo neologismo "shitfication” ou “enshittification", como Cory Doctorow grafou ao escrever sobre o TikTok na Wired, ano passado. O prefixo "shit” vocês sabem de onde vem, né?
Calcula-se que o material compõe hoje cerca de 64% do mix de tecidos da Shein, contra 27% da Inditex (dona da Zara) e 21% da H&M. O ponto é que, enquanto a Zara lança cerca de 35 mil produtos por ano, a Shein oferece 1.3 milhão no mesmo período e envia algo em torno de dois ou três bilhões de itens anualmente.
A empresa conseguiu isso usando muita tecnologia em todas as etapas do processo: ela monitora tendências, encurtou dramaticamente o ciclo da criação à venda e garante experiências fluidas.
De acordo com o gráfico, marcas como Tommy Hilfiger, GAP, Banana Republic, J.Crew e Levi's estão entre as que menos usam poliéster.
O cenário é americano, mas, para saber quanto de plástico tem na roupa que você está consumindo, basta olhar o percentual de poliéster na etiqueta.
Aqui podemos ver bem como o processo ocorre:
FAÇA A SUA PARTE
Com certeza você já experimentou o tecido e sabe que além de durar menos, ele esquenta demais e deixar um cheiro ruim. Claro, pra alguns tipos de roupa que são próprias para neve e baixas temperaturas elas podem até fazer sentido, mas não é isso que impacta os altos volumes.
Agora que a gente já sabe que poliéster vem do petróleo e isso não é uma fonte renovável, uma forma de ajudar é consumir de forma consciente, seja comprando menos, dando preferência a tecidos naturais como o algodão e adquirindo peças mais duráveis.
Para saber quanto de plástico tem na roupa que você está consumindo, basta olhar o percentual de poliéster na etiqueta. ;)
Bom fim de semana, be fearless!
Sobre a autora desta newsletter
Monica Magalhaes é especialista em inovação disruptiva e design de H3. É fundadora da Agência Disrupta de exploração de futuro e da Comunidade Disruptivos, a maior comunidade de Futurismo do Brasil.