Perceba o final de seus ciclos
Mudar é inevitável, mas a grande maioria não consegue lidar com isso. Perceba os sinais e aceite o final dos seus ciclos.
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Essa semana, completo mais um novo ciclo de vida \o/. A cada nova década, percebo que sou uma pessoa completamente diferente em termos de foco e objetivos.
Cada nova década traz consigo uma transformação, uma metamorfose que reflete o mix de experiências e sonhos. Essas mudanças confirmam nosso desenvolvimento pessoal, moldando quem somos e como interagimos com o mundo ao nosso redor. Escolher não mudar também é escolher não se desenvolver.
CHECK-IN
✓ QUEM É VOCÊ NESTA DÉCADA DE VIDA?: Na década dos 40, meus objetivos mudaram novamente.;
✓ COMO VOCÊ LIDA COM A MUDANÇA?: Mudar é inevitável, mas a grande maioria não consegue lidar com isso;
✓ COMPREENDA O FIM DOS SEUS CICLOS: Sinais de que seus ciclos estão chegando ao fim;
QUEM É VOCÊ NESTA DÉCADA DE VIDA?
Na década dos 20, fui dedicada ao trabalho e a ganhar dinheiro. Foi a década em que saí do subúrbio de Osasco, cidade onde nasci, e aprendi a viver na sociedade capitalista. Descobri que podia me sustentar sozinha e ainda investir o dinheiro conquistado. Tinha à minha disposição uma combinação explosiva: tempo, energia e ambição. Foram seis trocas de empresas em dez anos, e meu objetivo principal era trabalhar o maior número de horas no mês.
Na década dos 30, fui a garota aventureira. Descobri um enorme prazer em gastar o dinheiro que estava ganhando. Fui Campeã Paulista de Mountain Bike, Dive Master e Mochileira por uma década. Meus objetivos principais eram colecionar carimbos no passaporte e no logbook de mergulho.
Agora, na década dos 40, meus objetivos mudaram novamente. O foco está na família e no autoconhecimento.
COMO VOCÊ LIDA COM A MUDANÇA?
Hoje, em um domingo chuvoso, almoço com minha mãe, que ainda mora no mesmo bairro da minha infância. Enquanto aprecio minha comida, olho pela janela e avisto a rua. Uma ladeira onde passei boa parte da minha primeira e segunda década de vida. Vejo as mesmas casas e as mesmas pessoas. Reflito sobre ciclos e mudanças.
Mudar é inevitável, mas a grande maioria não consegue lidar com isso. É possível nascer e passar toda uma vida no mesmo lugar? Sim, é possível. Mas o progresso se torna "natural" quando você escolhe a filosofia "deixe a vida me levar", é lento e pequeno. Conversei sobre isso com minha terapeuta. Ela diz que o que importa é a pessoa estar feliz. Alguns encontram a alegria no conforto da estabilidade e, de fato, nem todos almejam diferentes experiências. Entendo, mas questiono o quão bom isso é.
Deixar a casa dos meus pais cedo foi difícil, sem educação suficiente, sem preparo profissional ou suporte emocional, o resultado só podia ser de muitos perrengues. Cada nova década traz consigo uma transformação, uma metamorfose que reflete o mix de experiências e sonhos. Essas mudanças confirmam nosso desenvolvimento pessoal, moldando quem somos e como interagimos com o mundo ao nosso redor. Escolher não mudar também é escolher não se desenvolver.
Qualquer movimento pequeno que seja gera mudanças e com elas vem o crescimento. Seja uma decisão de ler um livro novo, criar uma conta no Spotify, abrir uma conta em um banco digital ou até mesmo grandes decisões como sair da casa dos pais, mudar de emprego, fazer uma viagem. Os ciclos de vida desempenham um papel fundamental nesse processo de evolução, e se a gente negligencia o tempo das coisas, sempre pagamos um preço.
Não se trata da idade, mas sim dos ciclos. Minha mãe por exemplo, aos 70 anos, está no ciclo de aprender e estudar. Meu momento é o de descobrir quem quero ser neste próximo ciclo. O bom é que sei que as mudanças virão e, como elas fazem parte da minha vida desde sempre, já não tenho mais medo delas.
COMPREENDA O FIM DOS SEUS CICLOS
O final de um ciclo pode ser identificado por diversos sinais. Eles frequentemente apontam para o término de uma fase e o início de algo novo, indicando uma mudança iminente.
Uma sensação de conclusão pode surgir, como se tivesse esgotado todas as possibilidades e aprendizados que aquele ciclo oferecia. O entusiasmo e a motivação podem diminuir, levando a um desinteresse ou sensação de estagnação na atividade ou situação atual.
A resistência a mudanças também é um sinal comum de que um ciclo está chegando ao fim. Muitas vezes, sentimentos de desconforto ou ansiedade em relação ao desconhecido surgem nesse momento. Se os resultados positivos ou o progresso que você estava alcançando começarem a diminuir, isso pode ser um indicativo de que é hora de encerrar o ciclo.
Refletir sobre suas conquistas até o momento e avaliar se elas ainda estão alinhadas com seus objetivos e valores é uma ação típica quando um ciclo está se encerrando. O surgimento de novas oportunidades, interesses ou paixões também pode apontar para o fim de um ciclo atual e o desejo de explorar algo diferente.
Muitas vezes confundimos ou mascaramos a necessidade de lidar com o final de alguns ciclos nos envolvendo em outras atividades ou hobbies.
Mudanças significativas na vida, como mudanças de emprego, residência, término de relacionamentos ou outras transições, frequentemente marcam o encerramento de um ciclo. Eventos externos, como mudanças no ambiente econômico, político ou social, também podem influenciar nesse processo.
E o mais importante, muitas vezes nossa intuição nos alerta sobre o final de um ciclo iminente. A intuição pode nos dar uma sensação de que é hora de avançar para a próxima fase. Reconhecer esses sinais e estar aberto a mudanças pode facilitar a transição para o próximo capítulo da sua jornada com mais positividade e aceitação.
Boa semana, be fearless!!!
Filme: I’M YOUR MAN
Resenha: A fim de obter fundos para sua pesquisa, uma cientista concorda em participar de um estudo inusitado: por três semanas ela viverá com um robô humanóide programado para se adequar à sua personalidade e necessidades.
O filme traz a reflexão de que, ao mesmo tempo em que temos certeza dos problemas trazidos pela nossa compulsão tecnológica, não conseguimos superar a nossa necessidade de mantê-la.
Sobre a autora desta newsletter
Monica Magalhaes é especialista em inovação disruptiva, é palestrante e educadora de inovação. Também é fundadora da Agência Disrupta de Exploração de Futuro e construção de experiências de inovação.