A importância de se conectar com as novas gerações
Como não cair na cilada de viver no passado e ser engolido pela nostalgia
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Essa semana ví a foto da avó de um amigo quando jovem. Ela estava super sexy. Em 1969, na balada, de minissaia, com cabelos longos, volumosos e botas de cano alto, bebendo e curtindo Led Zeppelin.
Isso me fez pensar que a geração passada se divertia muito mais do que a atual. No entanto, eu não quero cair na armadilha de debater com minha filha que minha geração é melhor do que a dela. Essa crença nos afasta dos mais jovens, ao acharmos que nossa geração era melhor, mais responsável ou mais divertida.
CHECK-IN
✓ NOSTALGIA: A tendência de olhar para o passado com lentes cor-de-rosa;
✓ PERTENCIMENTO: Na prática os grandes desafios da vida continuam os mesmos em todas as gerações;
✓ FUTURO: Crianças são verdadeiras janelas para o futuro;
NOSTALGIA
É tão fácil ser envolvido pela nostalgia.
Aquela tendência de ver o passado através de lentes cor-de-rosa e acreditar que eram tempos mais felizes. Isso não acontece por acaso; nossa mente funciona com memória seletiva. Tendemos a lembrar mais positivamente do passado porque nosso cérebro filtra as lembranças ruins e foca nas boas, dando a impressão de que tudo era melhor do que é hoje.
Mas vez ou outra nos pegamos nostálgicos. Basta uma memória ser encontrada, seja em forma de música, um cheiro, uma comida, uma pessoa ou um filme que a gente rapidamente volta pro passado.
Muitos vivem o conflito entre evoluir ou se prender a um mundo que não existe mais além das lembranças. Evoluir para se conectar com o espírito do tempo requer muita energia, pensamento crítico e desconstrução de mentalidades. Muitos constroem argumentos indicando que seus valores tradicionais eram melhores e mais sólidos. Mas, mais uma vez, estão sendo enganados pela sua mente nostálgica.
Essa "nostalgia geracional" é um fenômeno complexo, influenciado por vários fatores psicológicos e sociais. Não estamos parados no tempo, a sociedade evolui. Os valores mudam e os comportamentos também.
Esse comportamento nostálgico pode se tornar uma cilada para quem já tem dificuldade em aceitar a mudança, criando uma resistência ainda maior. Mudanças rápidas e contínuas podem gerar incerteza e medo do desconhecido. As gerações mais antigas podem achar mais fácil confiar no que já conhecem e se sentirem mais seguras com as práticas e ideias familiares. A mídia é uma das maiores influenciadoras desse mindset, porque retrata as novas gerações de maneira estereotipada, influenciando a forma como vemos os diferentes grupos etários.
É importante notar que nem todas as pessoas de gerações antigas compartilham essa crença, e há muitas vozes que reconhecem o valor e as contribuições das gerações mais novas. As percepções sobre as gerações variam amplamente e são moldadas por uma série de fatores individuais e contextuais.
PERTENCIMENTO
Pertencimento é um sentimento com o poder de conectar grupos que se identificam, que têm os mesmos valores e características e é muito mais fácil de acontecer entre pessoas da mesma geração. Pertencimento é fundamental. Mas, como pertencer às novas gerações?
Eu tento aprender convivendo com gente jovem. Além de me beneficiar da troca de experiências, percebo que na prática os grandes desafios da vida continuam os mesmos em todas as gerações: encontrar um amor, manter-se saudável, ser feliz e, como ser humano, continuar se desenvolvendo; apenas as perspectivas são diferentes.
Conectar-se com pessoas mais jovens pode ser extremamente benéfico e enriquecedor. Os jovens da geração Z podem ser grandes mentores. Normalmente olhamos para eles com nosso status de professorado, mas é necessário estarmos abertos para um aprendizado reverso, para podermos perceber que eles têm novas ideias e abordagens inovadoras para problemas antigos. Sem contar o aprendizado digital, tanto de tecnologias quanto de comportamento e relacionamento em redes sociais. Necessário para que possamos manter nossa mente oxigenada e atualizada.
Interagir com os mais jovens para muitas pessoas pode ser um desafio. Hoje esses grupos não têm gênero definido, têm crenças próprias e estão conectados em pequenos grupos que são identificados como minorias, quais muitas vezes você não se encaixa porque não foi educado a pensar sobre isso.
Mas ao explorarmos esse grupo nos conectamos com a paixão e energia, um sentimento contagiante e revigorante, que trás entusiasmo e vitalidade.
FUTURO
Eu gosto de dizer que crianças são grandes janelas para o futuro. Conectar-se com pessoas mais jovens permite que você compreenda as perspectivas e aspirações das gerações futuras, o que pode ser útil para a adaptação às mudanças sociais e às demandas emergentes. Essa conexão intergeracional precisa ser promovida até mesmo pelas empresas, porque pode ajudar a combater o isolamento social.
Sem falar no ganho cultural, essa conexão com pessoas mais jovens permite que você compartilhe suas histórias, sabedoria e valores, deixando seu impacto nas gerações futuras.
Um relacionamento que enriquece nossa própria vida e contribui para uma sociedade mais inclusiva.
E você, como se conecta com as novas gerações?
Boa semana, be fearless!!!
LIVRO: The Reluctant Traveler, with Eugene Levy
Resenha: A série de oito episódios segue Eugene Levy enquanto ele visita alguns dos destinos mais bonitos e intrigantes do mundo, como Costa Rica, Finlândia, Itália, Japão, Maldivas, Portugal, África do Sul e Estados Unidos, explorando hotéis notáveis e os lugares e culturas ao redor. Uma inspirar pra criar uma lista “Lugares para conhecer“
Sobre a autora desta newsletter
Monica Magalhaes é especialista em inovação disruptiva, é palestrante e educadora de inovação. Também é fundadora da Agência Disrupta de Exploração de Futuro e construção de experiências de inovação.
Que delícia de conteúdo! Super me conectei e vivi essa experiência essa semana visitando um cliente, a vibe e a energia são outras! Desejei permanecer mais tempo com eles, para aprender mais, me senti jovem e energizada. Por outro lado, vi como poderia contribuir por já ter passado conflitos que eles estavam.vivenciando! Parabéns! Toda geração X deveria ler seu artigo! Sid